Como anda a autoestima dos nossos filhos?


Nas últimas semanas reprisamos dois ótimos programas à pedido dos ouvintes. O tema dessa semana é "Como anda a autoestima dos nosso filhos?" que contou com a participação de pais, mães e da psicóloga Anna Mariza dos Santos. Se você ainda não ouviu esse programa não perca a reprise nessa quarta-feira, dia 24, às 13h na FM Cultura (107.7)!



A literatura infantil em casa e na escola

Ótimo texto enviado por nossa ouvinte Magda Brito que achamos interessante compartilhar com vocês.
Um menino de dois anos e meio, de uma escola de educação infantil portuguesa, depois de ouvir a leitura de poemas por sua professora, e estimulado a se expressar, disse: “Se eu não existisse, eu ficava triste.” Essa criança, mesmo sem estar alfabetizada, foi capaz de criar um belo e profundo verso. Isso mostra o quanto já nascemos lendo e nos expressando diante da vida e do mundo. As crianças nascem e logo aprendem a ler as pessoas e objetos ao seu redor. Aprendem a interpretar fatos e emoções, principalmente em sua profunda interação afetiva com a mãe ou com sua cuidadora. Pais e especialistas em educação sabem a importância do estímulo linguístico na formação de uma criança. Este é passado aos bebês pela fala afável, pelas cantigas de ninar, e até mesmo por sons ininteligíveis, mas dirigidos à sua atenção. Para os maiorzinhos, o estímulo linguístico faz-se através da contação de histórias de encantamento, magia, mistério, medo, aventura. E da leitura de poesia, pois esta liberta a nossa capacidade de expressão.A leitura para as crianças, ou a leitura feita por elas mesmas, em casa ou na escola, não precisa de técnicas sofisticadas. Precisa apenas dela mesma, da leitura em si, do ato de ler um texto, de preferência em voz alta. Em alto e bom som. Pais e professores, quando forem ler para os seus filhos ou seus alunos, precisam apenas entregar-se, com alegria e arte, a esse momento único de comunhão humana entre gerações. Os adultos visitam a sua infância e as crianças aprendem a confiar no mundo adulto. Já a leitura feita pelas próprias crianças, em casa ou na escola, precisa apenas de um livro na mão e de muita imaginação na cabeça. Pode ser acompanhada de uma intermediação sensível e inteligente dos pais ou da professora, sem interferência nas formas e nos ritmos do ato de leitura de cada um, junto com um suave e lúdico encorajamento.Os educadores e os pais mais dedicados sabem o quanto é necessário, em todo o período da infância, seja nas famílias ou na educação infantil e nas séries iniciais, despertar, vivenciar, enriquecer e ampliar a capacidade lingüística da criança. Esta vai se constituir num fundamento cognitivo determinante para o seu bom desenvolvimento em todas as etapas da sua vida e em todas as áreas do conhecimento.As crianças apresentam-se à vida e ao mundo com a sua imaginação, espontaneidade, pureza, percepção mágica e intuitiva, e, com um repertório lingüístico ainda pouco contaminado por outras linguagens empobrecidas de conteúdo e sentido. Estão abertas para a experiência e o aprendizado da língua viva, propiciada apenas pela boa literatura. Sempre é preciso lembrar a observação da professora Regina Zilbermann de que a literatura tem uma missão formadora, enquanto o conhecimento tem uma função conformadora. A harmonia e o equilíbrio entre ambas dá-se pela capacitação linguística das crianças, adquirida através da leitura literária, se possível, diária.A literatura, para grandes e pequenos, ensina-nos que uma vida simples e boa é sempre um caminho de aprendizado e não uma pista para se bater recordes.
Dilan Camargo
escritor - cientista político


Traumas na Infância


Amanhã irá reprisar o programa em que conversamos sobre traumas na infância. Participaram da conversa mães e o psiquiatra Dr. José Outeiral. Durante o bate-papo foi citado o filme
Preciosa - Uma história de Esperança.
Na maioria das situações nossos filhos precisam de nós como auxiliares em sua imaturidade e instabilidade. Como eles tem uma dependência absoluta inicialmente e depois relativa de nós pais é importante a gente saber que somos como um escudo protetor. Se nossos conflitos pessoais forem intensos ou se a minha preocupação for comigo eu falho neste papel e não saberei como meu filho vai enfrentar, e que marcas as situações traumáticas deixarão. Pais que são suficientemente bons, com um conjunto de falhas inevitáveis, porém capazes de oferecer um ambiente protetor, terão um papel de escudo protetor. Não é um papel passivo, mas sim uma atitude alerta, de adaptação e organização.


Perdas e lutos na infância e Winnicott



Nessa semana reprisamos o programa que foi gravado em 2009 sobre "Perdas e lutos na infância". Participaram da conversa pais, mães e a psiquiatra Dra. Sônia Beltão.

Durante a conversa citamos o filme "A Partida" de Yojiro Takita, que mostra o ritual de despedida, o funeral, em uma cultura bem diferente da nossa.

Em novembro haverá em Porto Alegre o V encontro Brasileiro sobre o pensamento de D. W. Winnicott - Trauma, que acontecerá nos dias 19, 20 e 21 no Colégio Províncio de São Pedro. Clique no link e confira a programação.